Paço dos Cunhas
A história do Paço dos Cunhas é, em si, um exemplo de como a Natureza foi generosa. Em cada garrafa de Vinha do Contador podem sentir-se os aromas desta história.
Quando a natureza é generosa, em primeiro lugar devemos sentirmo-nos privilegiados. Depois, devemos sentirmo-nos responsáveis e, se possível, transformar o que temos em algo ainda melhor. A história do Paço dos Cunhas é, em si, um exemplo de como a Natureza foi generosa. A nós tem-nos cabido o privilégio de forma continuada, cuidar deste património.
O passado marcado pela produção agrícola, confirma ser uma das mais antigas propriedades agrícolas e vitivinícolas da região do Dão. O Paço dos Cunhas é especial e nobre, com um espólio valiosíssimo de peças de decoração e uma arquitetura secular, inserida numa natureza única de biodiversidade, valores que representam e impõem um ambiente cultural e histórico datado de 1609 e carinhosamente preservado.
Em 2002, quando a Global Wines adquiriu o Paço dos Cunhas, deu início à sua restauração e à recuperação das vinhas velhas, bem como à replantação de novas. Hoje, o Paço dos Cunhas tem cerca de 20 hectares de vinha, que se encontram cultivados em modo biológico desde 2007.
A Vinha do Contador, que ocupa 7 dos 32 hectares do Paço dos Cunhas, é conhecida como uma das mais carismáticas vinhas do Dão. Dada a morfologia do terreno e a exposição solar, esta é uma vinha única. Reconhecida pelo seu potencial e singularidade do terroir, dela nascem vinhos únicos, que se distinguem pela elegância, frescura e potencial de envelhecimento, atributos exclusivos dos melhores vinhos da região do Dão.
No Paço dos Cunhas não há pressa. É este o tempo que um Vinha do Contador tem que esperar. Enquanto esperamos que um fique pronto, preparamos o seguinte. Cultivamos a vinha que, em modo biológico, nos obriga a cuidar mais, a olhar mais por ela, a proteger as suas plantas.
Esperamos que as montanhas ajudem a vinha, protegendo-a dos ventos, e dando-lhe apenas as necessárias horas de sol, nem mais, nem menos, horas de um sol que nasce por detrás da Serra da Estrela e se põe, para além do Caramulo.
Em cada garrafa de Vinha do Contador podem sentir-se os aromas desta história. O tempo marca o vinho, como nos marca a nós, melhorando-o, melhorando-nos. Daqui só saem vinhos e aguardentes que o tempo ajudou a melhorar. É deste saber esperar que nasce o Vinha do Contador.
Sabíamos desde o primeiro dia que não podia ser de outra forma, nem poderia ser noutro local. É tão especial, tão único, que teria de ser no Paço dos Cunhas que encontraríamos este resultado.
Fomos aprimorando, ano após ano, num trabalho de campo, de vinha e num trabalho de adega, de equipa, à procura do mais único de todos os nossos vinhos. Não queríamos fazer mais um vinho. Queríamos fazer o Dão. O Dão tal como todos o descrevem tinha que nascer ali, onde a natureza foi mais generosa.
No Paço dos Cunhas não fazemos vinho, fazemos o Dão.
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Vinha do Contador Grande Júri Tinto 2011
No dia 20 de fevereiro de 2018 fez-se história no Paço dos Cunhas, na vila de Santar, no coração do Dão. Neste dia, pela primeira vez em Portugal, uma empresa do setor vitivinícola arriscou submeter um vinho à apreciação dos críticos, no próprio momento da sua apresentação pública e antes do mesmo chegar ao mercado. A fasquia era elevada e o desafio arrojado, mas a confiança de que ali estava um vinho de qualidade extraordinária não foi defraudada. Esse dia ficará para sempre como o primeiro dia de uma nova história do Paço dos Cunhas e do seu icónico vinho Vinha do Contador.
Para marcar o momento, trouxemos uma nova imagem para os vinhos Vinha do Contador, imagem essa que respeita a origem daquele lugar, dando destaque ao brasão original da família de D. Pedro da Cunha. No entanto, para o vinho tinto trouxemos dois rótulos distintos e prontos a aplicar nas garrafas – o Vinha do Contador e o Vinha do Contador Grande Júri.
Acreditávamos que aquele vinho tinto que ali estava a ser apresentado era o melhor Vinha do Contador de sempre mas quisemos ser isentos e colocar essa decisão nas mãos de um júri quatro cantos do mundo. Foi dessa forma que nos associámos à Revista de Vinhos, por ocasião externo, um grupo de profissionais do vinho, imparciais e independentes, vindos da Essência do Vinho, para trazermos ao Paço dos Cunhas, jornalistas, “sommeliers”, “master of wine” e elementos do júri do painel de provas do TOP 10 da Essência do Vinho. De forma e enquadrar o Júri na história e filosofia da marca, foram-lhes dadas a provar as 3 colheitas anteriores que melhor tinham sido pontuadas (2004, 2008 e 2009) e depois pedimos que provassem e classificassem a nova colheita de 2011.
Nesse dia, o júri provou e classificou, anonimamente e de acordo com as regras dos mais importantes concursos internacionais. Para o efeito, a administração do Paço dos Cunhas tinha estabelecido que «sempre que um vinho nos pareça ter características que o tornem extraordinário, será levado à prova do Grande Júri e, caso obtenha mais de 94 pontos, será rotulado como Vinha do Contador Grande Júri».
Com as duas rotulagens possíveis impressas e prontas a utilizar, a prova foi efetuada e o tinto de 2011 obteve 95,33 de média. Foi de imediato rotulado em frente ao Grande Júri, algo inédito na história dos vinhos em Portugal. Mais do que de um evento de apresentação de um vinho, este foi um momento de avaliação e validação de um novo e arrojado conceito. Pela primeira vez, um vinho português – um vinho do Paço dos Cunhas, um vinho do Dão – foi lançado no mercado após avaliação em simultâneo à sua apresentação.
A prova era de fogo e foi ultrapassada com distinção. E o Dão escreveu mais uma página da história dos vinhos em Portugal.